quinta-feira, 3 de novembro de 2016

ADÃO: O Homem que deu nome as coisas (POEMAS BÍBLICOS)


Alevilson da Silva Tavares¹

No sexto dia Deus resolveu Fazer
Algo bem Diferente
Ai ele fez o homem
Bonito e inteligente
Não o fez criança
Nem Adolescente
Já fez homem grande
Como o pai da gente
Fortão e bem animado
Trabalhador e muito Contente
Ele vivia em um jardim
Lá de tudo ele tinha
Porque só dava sim
Quando o Criador vinha
Naquela visita gostosa
De manhã ou tardezinha
Era tudo tão alegre
Sua Alma era Limpinha
Sempre olhou pra tudo
Sem ver uma manchinha
Logo Deus viu
Que ele estava sozinho
Sempre andando no jardim
Com cara de molinho
Deus deu uma costela
Pra esquentar um poquinho
Fez logo uma mulher
E ele ficou animadinho
Como uma pintura sem tela
Agora já era um casalzinho
Como um casal que era
Buscava se preencher
Deram nome aos animais
Mesmo sem saber ler
As plantas e as águas
Tudo nome precisava ter
Alguns meio engraçados
Que nem dar pra crer
Um deles foi varoa
Desse não dar pra esquecer
Eles aprenderam
Com o seu criador
Que de tudo podiam comer
Sem causar nenhuma dor
Deus deixou uma ordem
E não pediu por favor
De um fruto do jardim
Não podia sentir o sabor
Isso podia causar problema
Divisão, expulsão, um horror
Mas certo dia
Sem pensar
Com uma astuta serpente
Estavam a conversar
Ela sem perder tempo
O fruto começou a mostrar
Insistiu tanto
Que o fruto vieram a provar
Foi um erro muito grande
Que nem queria lembrar
Agora tudo ficou
De um jeito diferente
Já viam um ao outro
Sem cara de inocente
Isso não ficou escondido
Daquele que e Onisciente
Mesmo sabendo de tudo
Deu uma de dormente
Eles estavam escondidos
O pecado os deixou doente
Mas que erro grave
Que teve sua consequência
Deixaram o jardim
Com a plena consciência
Que haviam sido enganados
Pelo pai da malidicência
Que veio em uma cobra
Deixar a humanidade em carência
O problema estava criado
Isso sem precedência
Do Jardim foram expulsos
O homem teve que trabalhar
A mulher iria ter filhos
Com dores ia até chorar
A serpente não ficou impune
Seu ventre ia arrastar
O diabo ficou certo
Que sua cabeça alguém ia pisar
Agora o mundo vive
Somente a se complicar
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alevilsonsilva@yahoo.com.br

terça-feira, 1 de novembro de 2016

RECADO DE UM BEBÊ - Alevilson da Silva Tavares

Adicionar legenda

QUEM DISSE QUE EU NÃO ACREDITO NA POLÍTICA?

Alevilson da Silva Tavares



Ainda acredito na política
A política descente
A política fora das legendas partidárias
Aquela da gente como agente

A política da boa vizinhança
Do cara respeitador
Do menino que passa
E ajuda o vovô

A política da economia
Onde a gastança não tem vez
do jeito de fazer direito
Para um, dois e mais de três

A política da verdade
Doa onde doer
Que ensine o caminho correto
Pra todo cego percorrer

A política da inclusão
Que une ao invés de espalhar
Que entende a família
Para poder lhe beneficiar

A política da inocência
Onde com o pouco se vive
Onde tudo que é meu é teu
Onde se tem um povo que se realize

A política do respeito
Entre as classes sociais
Onde o branco e o negro conversam
sem se ofenderem jamais

A política do silêncio
Para se continuar com a razão
Que mesmo em momentos gelados
Continuem o calorão

A política do enredo
Não que uma escola de samba canta
Mas de um enredo de vida
Que a muita gente encanta

A política da fé
Polida, recalcada e sacudida
Com garantia de vida eterna
Mas não uma confundida

A política do amor
Que tudo suporta, sofrer e crer
Que não é egoísta e meticuloso
Mas se doa o bastante pra se viver


A política do vovô
Aquela bem interiorana
Com cara de começo
Onde se vivia em choupana

A política da gratidão
Onde o outro é lembrado
Pela boa ação que fez
E é até homenageado

A política da coragem
Com cara de brasileiro
Alegre em meio ao sofrimento
Mesmo no pesado o dia inteiro

A política da liberdade
Uma liberdade pura
Como a pureza do céu
Que a alma traz cura

Quando a política de Brasília
Se adequar a minha crença
Deixarei fazer parte da família
Disso terei consciência.